PROJETO PARTICIPANTE DA MOSTRA DE TEATRO SAM 1922
Interpretação de quatro peças que foram as mais vaiadas em 1922, na icônica e tão falada Semana de Arte Moderna.
Obras para canto e piano: Festim pagão, Solidão e Cascavel. Além destas, um quarteto de cordas executará o Terceiro Quarteto.
De fato, no evento, o compositor Villa Lobos (único que participou da Semana mediante recebimento de cachê) apresentou ao todo vinte peças — duas sonatas, dois trios, dois quartetos, um octeto, seis composições para canto e piano e sete para piano solo.
Em suma, neste projeto cultural absolutamente inédito será reproduzida, com músicos e intérpretes ao vivo, uma das apresentações do maestro na Semana de Arte Moderna: aquela na qual o mestre adentrou ao palco calçando apenas uma unidade do par de chinelos.
Nos três dias que compuseram a Semana, os diversos artistas participantes sobreviveram aos aplausos e vaias até o fim. Rigorosamente, em todos dias e eventos, o público esteve extremamente dividido e reagiu em alguns momentos com vaias e zombaria, de certa forma esperadas e talvez até desejadas por alguns dos participantes, o que coloca a vaia como um elemento ornamental do modernismo.
Os passadistas, a burguesia intelectual e de espírito, foram ao Teatro Municipal decididos a vaiar e a divertir-se à custa daquele grupo de jovens idealistas.
No dia 15 de fevereiro de 1922 foram executadas as seguintes peças de Villa-Lobos:
- Festim pagão (poesia de Ronald de Carvalho),
- Solidão, da série Historietas (poesia de Ribeiro Couto),
- Cascavel (poesia de Costa Rego Júnior), interpretadas por Frederico Nascimento Filho (canto) e Lucília Guimarães Villa-Lobos (piano);
- Quarteto No.3, por Paulina d’Ambrósio (violino), George Marinuzzi (violino), Orlando Frederico (viola) e Alfredo Gomes (violoncelo).
Este projeto traz na íntegra o repertório de Villa-Lobos apresentado no segundo dia da Semana de Arte Moderna, momento em que o compositor recebeu provavelmente a maior quantidade de vaias de sua carreira, e evidencia o caráter célebre e inquieto de suas obras na construção de uma identidade musical brasileira.
DE fato, esse projeto NUNCA FOI realizado no Brasil.
O que, afinal, Villa Lobos tocou na Semana de Arte Moderna? Qual a razão dele, reconhecidamente um gênio, ter sido tão mal recebido pelo público paulistano?
E qual a razão de ter adentrado ao palco com um pé calçado e o outro descalço? Como decifrar tal mistério? Protestava ele contra alguma idiossincrasia da elite intelectual da música erudita brasileira e/ou mundial? Ou o inusitado acontecimento estava algo relacionado à sua situação pessoal, coloquial e brejeira?
Em suma, neste conteúdo será reproduzida, com músicos e intérpretes ao vivo, uma das apresentações do maestro na Semana de Arte Moderna: aquela na qual o mestre adentrou ao palco calçando apenas um chinelo.
AS PARTITURAS
De fato, a busca pelas partituras das obras criadas e tocadas por Villa Lobos, a maioria delas já existentes antes da Semana de 22, não é simples.
Veja o exemplo abaixo:
Da coxia, comentários de Graça Aranha, Monteiro Lobato e Oswald de Andrade
Ficha técnica
vocal: Tania Gomes (soprano)
piano: Aria Yamanaka
piano: Anabel Cunha
Quarteto de cordas: Crotalus Terrificus
Elenco: Silvio Tadeu, Elber Marques
Serviço
Inteira R$ 40,oo Meia Entrada: R$ 20,00
INGRESSOS GRATUITOS PARA ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS
Datas: